domingo, 29 de maio de 2011

Patativa do Assaré.

Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré nasceu em Assaré, Ceará, no dia 5 de março de 1909 e faleceu no dia 8 de julho de 2002. Patativa foi poeta popular, cantor, compositor e repentista. Recebeu o apelido “Patativa” por sua poesia ser comparada à beleza de tal ave. É considerado uma das principais figuras nordestinas até hoje.
Nasceu em uma família pobre, que vivia da agricultura de subsistência. Por conta de uma doença, cedo ficou cego de um olho. Quando tinha 8 anos de idade, seu pai faleceu, fazendo com que Patativa tivesse que trabalhar no cultivo para ajudar a família. Aos 12 anos, frenquentou a escola por alguns meses, mas logo desistiu. Começou a fazer seus famosos repentes, se apresentar em festas e participar do programa de rádio Araripe. José Arraes de Alencar, convencido de seu potencial, apóia a publicação de seu primeiro livro, Ispiração Nordestina, em 1956, livro esse que passou a se chamar Cantos do Patativa. A partir daí, Patativa publicou vários livros de poemas, incluindo o famoso Cante Lá Que Eu Canto Cá. Patativa foi casado com Belinha, com quem teve 9 filhos.
Sua popularidade atingiu níveis nacionais e ele ganhou diversos prêmios, títulos e homenagens. Mesmo com todos esses predicados, Patativa afirma nunca ter buscado a fama, bem como nunca ter tido a intenção de fazer de seus versos uma profissão. Nunca deixou de ser agricultor e morar em Assaré. É característica de suas obras a oralidade e, ao serem escritos, seus poemas perdem boa parte de sua originalidade, devido à perda de entonação, ritmo, pausas e linguagens corporais. Seus poemas eram feitos e guardados na memória, para depois serem recitados ou escritos por outra pessoa. Como seus versos eram todos memorizados, mesmo aos noventa anos, Patativa conseguia recitar todos eles. Suas obras podiam ser tanto clássicas quanto métricas populares. Ele reconhecia suas obras como “poesia matuta”. Em 1979, em parceria com o amigo Raimundo Fagner, Patativa se apresentou no Teatro José de Alencar. Fagner gravou e editou o show e a CBS lançou o LP Poemas e Canções.
Alguns de seus livros de poesia são: Inspiração Nordestina/Cantos do Patativa (1967); Cante lá que eu canto cá (1978); Ispinho e Fulô 1988) e Aqui tem coisa (1994).
Seus poemas: A triste partida; Cante lá que eu canto cá; Coisas do Rio de Janeiro; Meu protesto; Peixe; O poeta da roça; Apelo dum agricultor; Se existe inferno; Mote/Glosas; Vaca estrela e boi fubá; Vou vorá; Caboclo Roceiro e Você se lembra?.
Entre os principais títulos e prêmios estão: Doutor Honoris Causa, em 1989, pela Universidade Regional de Cariri; inauguração da rodovia Patativa do Assaré, ligando Assaré a Antonina do Norte, em 1989; prêmio Cultura Popular entregue pelo então presidente, Fernando Henrique Cardoso, em 1995; Memorial Patativa do Assaré, em Assaré, em 1999; duas vezes Doutor Honoris Causa, em 1999, pela UFC e UECE; Doutor Honoris Causa, em 2000, pela Universidade Tiradentes, de Sergipe; terceiro colocado na eleição do Cearense do Século, em 2001; troféu Sereia de Ouro, em 2001; troféu MST, em 2004; Biblioteca Pública Patativa do Assaré, em 2005, no Piauí; Doutor Honoris Causa, em 2005, pela URN.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Rachel de Queiroz.

Se José de Alencar é o grande escritor cearense, Rachel de Queiroz é sem dúvida alguma não apenas a grande escritora cearense, mas a grande escritora brasileira. Rachel é natural de Fortaleza, onde nasceu em 1910, já aos quinze anos de idade, em 1925, mostrou à que veio e teve contos e poemas de natureza modernistas publicados no jornal “O Ceará” sob pseudônimo de Rita Queluz.
Poucos anos depois ainda aos vinte anos de idade, Rachel publicou o romance que lhe deu projeção nacional, O Quinze (1930), é um romance que relata o sofrimento do nordestino em face da seca e da miséria por ela provocada, no começo do século que passou. Nove anos depois, já escritora consagrada, Rachel muda-se para Rio de Janeiro.
Em Agosto de 1977, Rachel tornou-se a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letra, tomando posse em novembro do mesmo ano, de sua cadeira de número 5. Entre os diversos prêmios que a escritora recebeu, destaca-se o “Prêmio Camões” com o qual foi em 1993 em Portugal, que pode, em grosso modo, ser considerado o Nobel da literatura em português.

“Doer, dói sempre. Só não dói depois de morto. Porque a vida toda é um doer” 

Dentro de sua vasta obra, destacam-se, além do “O Quinze”, seu romance inicial, “As Três Marias” e “Memorial de Maria Moura”.Este último foi adaptado na forma de mini-série para a televisão, e teve a personagem título interpretada por Glória Pires. A obra conta a trágica história de uma mulher do século XIX, que depois de perder o pai na infância e a mãe na adolescência, foi seduzida pelo padrasto e possível assassino de sua mãe, não fossem esses elementos suficientes, ela vê a propriedade que herdou ser ameaçada por parentes sem escrúpulos. Mas em vez de sucumbir às dificuldades, ela resistiu e travou dura luta.
A série bateu recordes de audiência.
Em 2003, pouco antes de completar 93 anos de idade, chegou ao fim a vida desta mulher que desde os mais tenros 15 anos de idade destacou-se no uso das palavras.

“A Gente nasce e morre só. E talvez por isso mesmo é que se precisa tanto de viver acompanhado”
Estatua de Rachel de Queiroz, na Praça dos Leões, em Fortaleza

Obras da autora:
  • O quinze, romance (1930)
  • João Miguel, romance (1932)
  • Caminho de pedras, romance (1937)
  • As Três Marias, romance (1939)
  • A donzela e a moura torta, crônicas (1948)
  • O galo de ouro, romance (folhetins na revista O Cruzeiro, 1950)
  • Lampião, teatro (1953)
  • A beata Maria do Egito, teatro (1958)
  • Cem crônicas escolhidas (1958)
  • O brasileiro perplexo, crônicas (1964)
  • O caçador de tatu, crônicas (1967)
  • O menino mágico, infanto-juvenil (1969)
  • Dora, Doralina, romance (1975)
  • As menininhas e outras crônicas (1976)
  • O jogador de sinuca e mais historinhas (1980)
  • Cafute e Pena-de-Prata, infanto-juvenil (1986)
  • Memorial de Maria Moura, romance (1992)
  • Teatro, teatro (1995)
  • Nosso Ceará, relato, (1997) (em parceria com a irmã Maria Luiza de Queiroz Salek)
  • Tantos Anos, autobiografia (1998) (com a irmã Maria Luiza de Queiroz Salek)
  • Não me deixes: suas histórias e sua cozinha, memórias gastronômicas (2000) (com Maria Luiza de Queiroz Salek)

Chico Anysio.

Alberto Roberto o ator que trocava as letras e palavras, Azambuja o malandro carioca, Bento Carneiro o vampiro brasileiro, Bozó o funcionário da Rede Globo, o Jovem revoltado, Justo Veríssimo o corrupto, Painho o pai de santo gay, Pantaleão e suas histórias absurdas, Popó, Salomé, Seu Bixiga, Nazareno, Tavares, Tim Tones, Veio Zuza , Professor Raimundo o mestre da escolinha que leva seu nome, e isso são apenas algumas das marcante personagens deste grande humorista que é Chico Anysio.
Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, o Chico Anysio, marcou com pluralidade sua carreira, interpretou homens e mulheres de todas as raças, credos e opções sexuais nos programas Chico City, Chico Total e Chico Anysio Show, e trabalhou lado a lado com vários dos grandes nomes do humor e da teledramaturgia nacional, Paulo Gracindo e Grande Otelo, para citar apenas dois.
Como outros cearenses famosos, Chico ganhou cedo o mundo, aos oito anos de idade foi para o Rio de Janeiro e já na década de 1950 ingressou no rádio, escrevendo diálogos e no cinema, atuando em alguns filmes da Atlântida Cinematográfica. Na televisão Chico ingressou em 1957, e ainda hoje, mais de sessenta anos depois, ainda atua. Nesta página do Google, podem ser vistos vários vídeos do humorista, desde entrevistas até shows e esquetes de televisão. A veia artística é forte para Chico, sua irmã Lupe Gigliotti, e alguns de seus filhos, como Lupe de Paula, André Lucas e Bruno Mazzeo, estão no show business.
  

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fortaleza bela, mas falta educação!

O Ceará é um estado privilegiado com belas paisagens naturais e Fortaleza fazendo parte desse contexto, possui lindas praias que atrai turistas do Brasil e de outros países, principalmente da Europa, durante todo o ano.
Diante do exposto só temos a lamentar a atual situação de Fortaleza: Trânsito caótico (principalmente quando chove), lixo jogado nas ruas, grande número de pedintes nas ruas e no calçadão da beira mar, sem falar nos assaltos e epidemia de dengue. Temos que ter senso critico, e ver que a cidade assim como todo o estado tem o turismo como uma de suas principais fonte de economia, portanto precisamos nos conscientizar que a educação é fundamental para recuperarmos as belezas da cidade.


 Não isentando as responsabilidades dos governos municipais e estaduais, a população é de fundamental importância no processo de recuperação da imagem positiva de Fortaleza, pois grande parcela dos problemas enfrentados pelos moradores da cidade é de responsabilidade dos mesmos, haja vista, que flagrantes de pessoas jogando lixo nas vias públicas é constante, bem como o desrespeito as leis de trânsito, onde os condutores dos veículos acham normal andar na contra-mão.
Fortaleza é bela, com lindas paisagens naturais e alguns pontos turisticos que oferecem grandes opções de lazer aos seus visitantes, falta um pouco mais de força de vontade dos governantes em investir não apenas na beleza externa (calçadão, jardins, shows....), mas também fazer investimentos nas necessidades básicas da população, que é  essencial na manutenção da beleza do município.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fortaleza bela?

O trânsito em Fortaleza  encontra-se caótico,por conta de incompetência dos órgãos responsáveis pela fiscalização de ruas e avenidas,os quais estão internamente ligados a prefeitura.
Como forma de tentar formular um meio para  fugir das críticas e falatórios públicos,a prefeitura de Fortaleza diz ser a Cagece responsável pela tamanha buraqueira e danos as vias de tráfegos de veículos.De certa maneira a Cagece tem sim culpa nessa história,mas mesmo que a própria faça buracos nas ruas e avenidas da cidade a administração do município é o órgão responsável pela fiscalização,e,portanto,deveria cobrar um serviço bem feito,em vista de melhorar as condições de trafego e congestionamento de veículos,os quais vêem aumentando cada vez mais.
Essa Fortaleza em que vivemos,de fato não é a tal Fortaleza Bela do imenso slogan divulgado pela apresentação dos(as) administradores(as) da prefeitura.Muitos críticos internautas fazem menção a que a  “Fortaleza Bela” está virando “Fortaleza Peba(termo usado na região nordeste,significa ser ruim,sem graça,que não presta)”


De Fortaleza Bela … A Fortaleza Peba

Fortaleza Bela, abandonada!